Displasia de cotovelo em cães: Problema que pode ser solucionado com diagnóstico precoce

Conheça as formas de tratamento da doença

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Dentre os diversos tipos de lesões em cães, a articulação do cotovelo é um dos locais de maior predileção para problemas ortopédicos. Entre estes problemas, temos a displasia do cotovelo.

Este problema ortopédico é uma anormalidade óssea da articulação entre os ossos do cotovelo (úmero, rádio e ulna), que costuma provocar dificuldades de locomoção e dor no membro afetado.

Na grande maioria dos casos, este problema articular é resolvido por via cirúrgica para animais de até 9 meses de vida, além de sessões de Fisioterapia Fisioterapia para cães: Principais métodos da fisioterapia em cães e restrição do exercício. Em cães maiores o tratamento geralmente é paliativo.


Displasia de Cotovelo em Cães e Gatos. O que é?

A displasia do cotovelo é caracterizada como uma anormalidade do desenvolvimento da articulação úmero-radio-ulnar e representa um conjunto de quatro patologias indutoras de uma má formação da articulação do cotovelo. São elas:

  • Osteocondrite dissecante;
  • Fragmentação do processo coronóide;
  • Desunião do processo ancóneo;
  • Incongruência do cotovelo.

Quando se produz um destes defeitos de ossificação no cotovelo, uma inflamação é originada e com o tempo se desencadeia uma osteoartrite na que se produz a degeneração da cartilagem.

Todas estas condições estão geralmente associadas à osteoartrite desta articulação e são a causa da dor e claudicação dos membros anteriores em cães jovens e de raça grande como o Pastor Alemão, o Labrador, o São Bernardo, o Rottweiler, o Mastim Napolitano, entre outras.


Sintomas da displasia de cotovelo

Geralmente os sintomas acontecem quando o animal é ainda filhote, geralmente entre o 4º e o 8º mês de vida. O tutor pode começar a desconfiar da existência da displasia de cotovelo quando o filhote tende a mancar de um ou até dos dois membros anteriores (patas dianteiras). Essa claudicação vai ficando cada vez mais frequente e notória.

Além disso, o filhote tende a relutar quando precisa flexionar o membro, podendo apresentar sinais de dor quando essa flexão é realizada de forma forçada. Por fim, outros dos sinais podem caracterizar a displasia de cotovelo: desvio dos cotovelos para baixo do peito e dificuldade no ato de levantar após o exercício.


Diagnóstico da displasia de cotovelo

A melhor forma de diagnóstico da displasia de cotovelo é o raio-x Raio X em cães e gatos: Tudo que você precisa saber em parceria com o exame clinico prévio. Ultimamente, métodos mais modernos, como tomografia computadorizada vêm sendo utilizados com bastante sucesso.

Vale lembrar que o diagnóstico precoce é de extrema importância para doenças articulares degenerativas. Porém, a displasia de cotovelo somente é diagnosticada quando já há uma claudicação persistente. A falta de informação sobre o distúrbio e a sutiliza dos sinais clínicos nas fases iniciais são fatores que contribuem para o diagnostico tardio da doença.


Formas de tratamento da doença

A correção da displasia de cotovelo é geralmente cirúrgica (feita sempre por um veterinário ortopedista). No entanto, a intervenção cirúrgica deve ser realizada em pets com até nove meses de idade. Isso porque, quanto mais jovem o animal, melhor o prognóstico.

Após os 9 meses de vida, recomenda-se o tratamento paliativo com o uso de anti-inflamatórios e repositores articulares, além de fisioterapia. Porém o prognóstico é reservado, pois o quadro tende a evoluir para uma artrose na articulação que é muito dolorida e irreversível.


Fisioterapia para displasia do cotovelo

Após a cirurgia, uma boa reabilitação fisioterápica será necessária e objetivará acelerar o processo de recuperação, eliminando a dor e a inflamação. As sessões de fisioterapia devem se iniciar aproximadamente 10 dias depois da cirurgia. A fisioterapia também irá diminuir a claudicação mantendo e/ou até melhorando a amplitude de movimento. Por fim, a reabilitação irá minimizar ou retardar os efeitos da degeneração articular (osteoartrite) evitando compensações no pescoço, coluna e patas.

O tratamento de fisioterapia irá variar em função do animal, do tipo de cirurgia e do estado da lesão. Mas é importante começar o tratamento o quanto antes para que este seja efetivo evitando sequelas como a mobilidade reduzida e/ou dor crônica.

O animal passa por diferentes fases até à sua total recuperação. É imprescindível conseguir essa recuperação de forma gradual seguindo os objetivos traçados. O processo de recuperação é dado como finalizado quando o animal está apto para realizar as suas atividades diárias.


Prevenção da displasia de cotovelo

Para uma melhor prevenção do problema, o indicado é não acelerar o processo de crescimento dos pets, principalmente em raças mais predispostas. Dessa forma, sempre forneça ração apropriada para a fase de vida do filhote e nunca faça suplementação vitamínica ou a base de cálcio se não tiver a recomendação do médico veterinário.

Filhotes que manquem muito devem ser imediatamente encaminhados a uma clinica veterinária para serem examinados, visto que as chances de cura dependem do diagnóstico precoce.

Outra possibilidade de prevenção é a realização do exame radiográfico em ambos os cotovelos. Esta medida preventiva pode ser realizada em animais de raças mais susceptíveis com idade entre 15 a 20 semanas, com reavaliação aos 6 a 7 meses de idade. Com isso, a correção da incongruência articular além da prevenção da progressão da doença e de osteoartrose podem ser controladas.

A doença ainda não foi comprovada como sendo hereditária, porém recomenda-se que os animais com displasia de cotovelo não sejam cruzados.

Seu filhote pertence ao grupo de raças que têm predisposição a ter displasia de cotovelo? Então faça um raio-x dos cotovelos preventivo. Agende agora mesmo o exame na Vetmétodo Diagnósticos.


Referências

Tratamento e reabilitação da displasia do cotovelo. Disponível em: http://www.ortocanis.com/pt/content/21-tratamento-e-reabilitacao-da-displasia-do-cotovelo;

Thaís Andrade Costa; OLIVEIRA, Renata Moris Domenico; ODA, Sam Goldy Shoyama; MATERA, JULIA MARIA. Incongruência do Cotovelo: revisão. Revista Acadêmica: Ciências Agrárias e Ambientais PUCPR., v. 6, p. 413/article2568-423, 2008.

IMPORTANTE: As informações contidas neste site têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamento do médico veterinário e especialistas. Não deixe de consultar seu veterinário.

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