Hérnia de disco em cães: Tipos, Causas, Sintomas e Tratamentos
Hérnia de disco em cães: Tipos, Causas, Sintomas e Tratamentos
A coluna vertebral de animais é formada pelas chamadas vértebras, estas, por sua vez, estão “empilhadas” uma em cima da outra. A função delas é protegem e suportar a medula espinhal. Entre cada vértebra, existe um disco, que funciona como uma “almofada”, amortecendo o osso.
Porém, quando o pet tem hérnia de disco esse disco simplesmente se move fora do seu lugar, colocando uma pressão excessiva sobre os ossos e nervos ao longo da coluna, isso gera muita dor e desconforto do pet em realizar ações locomotoras normais (como subir uma escada). Vale ressaltar, que trataremos da hérnia de disco somente em cães, visto que a incidência desta doença em gatos é baixíssima!
Antigamente, dependendo da gravidade da hérnia de disco, os cães eram submetidos à eutanásia, porém, na atualidade, com a correta orientação e tratamento é possível oferecer uma qualidade de vida excelente.
A Hérnia de Disco é uma doença degenerativa que pode acontecer em qualquer disco vertebral, porém 85% das hérnias localizam-se na região tóraco-lombar (7). Na veterinária, a hérnia de disco é dividida em dois tipos:
Hérnia de disco Hansen Tipo I
Caracteriza-se por uma degeneração condróide do núcleo pulposo que se inicia entre o sexto a sétimo mês de vida do animal, mas a extrusão desse material em direção à medula ocorre na maioria dos casos em cães de 2 a 7 anos de idade, quando o animal realiza um salto ou algum movimento mais brusco, normalmente causando um quadro agudo dos sintomas.
Hérnia de disco canina Hansen Tipo II
É caracterizada por uma saliência do disco intervertebral sem que ocorra uma ruptura completa do anel fibroso. Os sintomas apresentam geralmente progressão crônica de aparecimento mascarado. Na maioria das vezes não são observados sinais clínicos até 5-6 anos de vida.
Os sintomas da hernia de disco em cães variam caso a crise seja aguda ou crônica. Na grande maioria dos casos, a sintomatologia é aguda. Ou seja, seu cachorro saudável e do nada fica mais apático e perde movimentos das patas traseiras.
A sintomatologia varia muito também de acordo com a área da coluna afetada. Hérnias na região lombossacral, que afetam da L4-S3, podem causar dor, paralisia, perda do controle de fezes e urina, ânus flácido, reclamar na movimentação.
As hérnias toracolomabares acontecem entre a T3 e a L3, e podem causar dor mais intensa, cifose, paraplegia, perda de sensibilidade nos membros inferiores, não controle ao urinar e defecar.
As hérnias cervicais são as mais graves e dolorosas. As dores são muito intensas e não há locomoção, não necessariamente por tetraplegia (que pode ocorrer), mas por dor e rigidez no pescoço e membros.
O diagnóstico da hérnia de disco em cães inicia-se de forma presuntiva, ou seja, o veterinário baseia-se na raça do cão, no histórico, no andar descoordenado ou paralisia, com ou sem história de trauma recente.
Um exame de raio-x Raio-x em cães: Tudo que você precisa saber é importante para o diagnóstico. O diagnóstico definitivo será conseguido através da tomografia computadorizada e ressonância magnética, porque a condição pode ser causada por outro problema, como um coágulo de sangue, apesar de ser um fator bem raro.
Tratamentos
O tratamento consiste em autocuidados e terapia
Nem todos os discos precisam de intervenção. Quando necessário, o tratamento inclui medicamentos, fisioterapia e, possivelmente, cirurgia.
O tratamento da hérnia de disco é feito com base no estágio da doença. Esta é dividida em 5 estágios, onde o estágio 1 é menos grave, e o estágio 5 é o mais grave.
O estágio I geralmente não necessita de tratamento. O tratamento para os estágios II e III é feito com medicamentos e restrição de movimentos. Se o cão não responder ao tratamento, a cirurgia será ponderada.
Autocuidados
No tratamento convencional, clínico, faz-se o uso de medicamentos anti-inflamatórios e outros e confinamento temporário. Há tratamentos alternativos como fisioterapia e acupuntura.
Cirurgia
A cirurgia é altamente recomendada em cães com estágio IV e V e seu objetivo será remover a pressão da medula espinhal. Estes cães devem ser operados dentro das primeiras 24 horas após o início da paralisia.
Acupuntura
Técnicas complementares são essenciais para casos de hérnia de disco. A acupuntura Acupuntura para cães com hernia de disco , por exemplo, pode atuar liberando endorfinas, controlando a dor e reestabelecendo as funções neurológicas perdidas.
Fisioterapia
A fisioterapia Fisioterapia para cães com hérnia de disco: Porque é tão importante? tem um papel essencial em todas as fases, podendo ajudar na analgesia com uso de eletroterapia, hidroterapia e laserterapia, que terão papel fundamental no controle da inflamação.
Em animais que tiveram apenas o quadro de dor, e foi controlada somente com medicação, a fisioterapia é essencial para que não haja uma recaída do quadro, tratando os encurtamentos musculares e promovendo o fortalecimento da musculatura.
Especialistas
Ortopedista veterinário (Cirurgião), Neurologista veterinário (Cirurgião), Clinico geral e veterinário de emergência.
A convivência com o prognóstico irá depender do nível de acometimento da lesão. Há animais que podem ter vida totalmente normal e há animais que deverão conviver o resto da vida com o auxilio de uma cadeira de roda.
Além de proporcionar reabilitação e benefícios práticos, as cadeiras de rodas podem trazer vitalidade e entusiasmo ao cão, tornando-o normal enquanto se recupera das consequências da hérnia de disco, fornecendo a liberdade pela mobilidade. A adaptação da casa também deve ser uma medida que o tutor deve realizar para garantir qualidade de vida ao Pet.
Seu Pet está com suspeita de Hérnia de Disco? Não se preocupe, a medicina veterinária avançou muito e irá tratar seu animal da melhor forma! Na Vetmetodo Diagnósticos você pode fazer os exames mais modernos necessários, assim como a fisioterapia! Agende agora mesmo.
Referências
Cão e hérnia de disco. Disponível em: http://www.petescadas.com.br/2013/11/cao-e-hernia-de-disco.html#.WKswTFUrLIU;
MENDONÇA, Guilherme Arantes et al. Alterações biomecânicas da coluna vertebral e injúrias vertebrais em cães atendidos no hospital veterinário da Universidade Federal de Uberlândia. Veterinária Notícias, [S.l.], v. 18, n. 2, p. 1-7, jan. 2014.