hiperlipidemia em cães e gatos

hiperlipidemia em cães e gatos

Você sabia que um dos tipos da hiperlipidemia é comum em cães e gatos e pode ocorrer entre 1 a 2 horas após as refeições, atingindo seu ápice entre 6 a 8 horas? E que ela pode persistir até 16 horas depois da ingestão de alimentos que contenham gordura? Neste post, vamos saber muito mais sobre esta doença, seus sintomas, diagnóstico e tratamento. Acompanhe!

A hiperlipidemia é uma enfermidade caracterizada por concentrações plasmáticas elevadas de triglicerídeos, colesterol ou ambos. A hiperlipidemia pós-prandial ocorre ou tem seu efeito depois de uma refeição. Esse tipo pode ser considerada como fisiológica.

Já a hiperlipidemia patológica acomete, principalmente, os cães da raça Schnauzer miniatura. Especialistas acreditam que ela provavelmente se origina a partir de uma anomalia hereditária. Geralmente, os animais acometidos são de meia idade ou mais velhos.

Especialistas

Endocrinologista Veterinário – Trata distúrbios metabólicos e hormonais

Sintomas

Requer um diagnóstico médico veterinário

Um dos aspectos importantes da hiperlipidemia e que ela pode ocorrer sem que seu animalzinho apresente sintomas. Ela pode, também, ser detectada por meio da análise bioquímica geral do sangue. Portanto, uma análise preventiva nos níveis de colesterol e triglicérides deve ser realizada rotineiramente, pelo menos de dois em dois anos.

Diagnósticos

Além dos sintomas que comentamos até agora, o médico veterinário vai observar, nos casos mais graves de hiperlipidemia se eles não estão também associados à pancreatite, convulsões e paralisia de nervos periféricos.

Exames: doenças endócrinas são patologias sistêmicas em que várias alterações indicam a presença delas e muitas vezes, mesmos os exames “específicos” não conseguem fechar o diagnóstico.

Tratamentos

Inicialmente, o tratamento da hiperlipidemia deve começar com uma mudança radical na dieta do seu animal.

Como a hiperlipidemia aparece

Quando o animal está doente, nota-se um aumento dos teores de triglicerídeos, colesterol e quilomícrons no soro, que em casos crônicos, podem resultar em distúrbios secundários, como pancreatite e convulsões. Vamos falar mais sobre outros sintomas logo abaixo. Em cães da raça Pinscher e Rottweiler, há relatos de hiperlipidemia primária. Porém, apenas com os níveis de colesterol aumentados e triglicerídeos normais. A hiperlipidemia também ocorre em gatos.

Os tipos de hiperlipidemia

  • Primária

Esta é caracterizada pela raridade com que aparecem em cães e gatos. Mas ela é facilmente reconhecida em ambas espécies, por meio da constatação de hipertrigliceridemia com altos valores de VLDL – lipoproteína de densidade muito baixa. Gatos podem apresentar um tipo de hiperlipidemia adquirido devido a um defeito na atividade da lipoproteína lipase, resultando daí a hipertrigliceridemia associada a excesso de quilomícrons e VLDL.

  • Secundária

Este tipo de hiperlipidemia ocorre juntamente a uma diversidade de outras doenças que podem afetar o metabolismo lipídico dos bichanos. Doenças endócrinas como hipotireoidismo, diabetes e hiperadrenocorticismo afetam fortemente a atividade da lipoproteína lipase, causando menor retirada de lipídeos da circulação.

Causas da hiperlipidemia

As principais causas da hiperlipidemia incluem anormalidades patológicas nos lipídios ou lipoproteínas plasmáticas, de origem primária (genética ou familiar) ou secundária a outro distúrbio (como hipotireoidismo e diabetes mellitus). Mas há outros diversos fatores que possivelmente causam a hiperlipidemia. São eles:

  • Diminuição da depuração de triglicérides ou colesterol;
  • Diabetes mellitus;
  • Inflamação do pâncreas;
  • Mau funcionamento da glândula adrenal;
  • Colestase (obstrução dos ductos biliares);
  • Uso de algumas drogas (glicocorticóides, metimazol, fenitoína);
  • Síndrome nefrótica;
  • Edema periférico;
  • Proteinúria (perda excessiva de proteínas através da urina);
  • Câncer (linfoma).

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Sintomas da hiperlipidemia:

Um dos aspectos importantes da hiperlipidemia e que ela pode ocorrer sem que seu animalzinho apresente sintomas. Ela pode, também, ser detectada por meio da análise bioquímica geral do sangue. Portanto, uma análise preventiva nos níveis de colesterol e triglicérides deve ser realizada rotineiramente, pelo menos de dois em dois anos. Quando a doença apresenta sintomas, eles são:

  • Aumento do fígado e baço;
  • Sinais de pancreatite;
  • Convulsões e dores abdominais;
  • Disfunções do sistema nervoso central;
  • Manchas na pele
  • Xantomas cutâneos (depósitos de material gorduroso amarelado).
  • Aterosclerose;
  • Doença ocular;
  • Vômito;
  • Diarreia;
  • Desconforto abdominal;
  • Êmese (expulsão do suco gástrico pela boca ou nariz).

Como ocorre o diagnóstico da hiperlipidemia

Além dos sintomas que comentamos até agora, o médico veterinário vai observar, nos casos mais graves de hiperlipidemia se eles não estão também associados à pancreatite, convulsões e paralisia de nervos periféricos. Além das manifestações clínicas, esta alteração metabólica pode interferir nos resultados de diversos testes bioquímicos – como o exames de sangue, por exemplo -, realizados rotineiramente.

Além disso, os cães que sofrem de hiperlipidemia secundária geralmente exibem sinais clínicos de alguma doença subjacente. No caso de um distúrbio lipídico primário, o cão pode permanecer assintomático ou desenvolver doenças secundárias, dependendo do grau de acúmulo de lipídeos.

A estreita relação com a obesidade

Como vimos, a doença está diretamente relacionada à quantidade de gordura no organismo do animal. Diante disso, você precisa ficar bem atento à dieta do seu pet e também a outros aspectos. A castração, por exemplo, é um fator de risco para a obesidade e, consequente, para a hiperlipidemia em cães. Interessante é que as fêmeas castradas estão mais predispostas ao ganho excessivo de peso do que os machos castrados.

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A castração pode promover a obesidade, possivelmente, devido à diminuição da taxa metabólica basal, aumento da ingestão de alimentos e também pelo consequente sedentarismo. Também há outros fatores dietéticos envolvidos, tais como:

  • Alta densidade energética;
  • Grande quantidade de alimento oferecido;
  • Número de refeições;
  • Fornecimento de petiscos;
  • Fornecimento das sobras da mesa.

Tudo nisso apresenta estreita relação com a obesidade. E precisamos lembrar, também, do fato de que o nutriente que mais eleva o teor energético e a palatabilidade das rações é a gordura. Ela também é melhor digerida, utilizada e estocada que os carboidratos e proteínas.

Apesar desse fato, a composição nutricional da dieta é menos importante que o consumo energético diário pelo animal. Este consumo, quando em excesso, independentemente do tipo de alimento, induz ao ganho de peso. Por isso, fique atento. E não é difícil detectar se o seu pet está obeso. O animal é considerado assim, quando apresenta:

  • Costelas não palpáveis debaixo de grande quantidade de gordura subcutânea;
  • Depósitos de gordura visíveis na região lombar
  • Depósitos de gordura visíveis na base da cauda;
  • Cintura muito pouco aparente ou não visível;
  • Ausência da curvatura abdominal.

Como ocorre o tratamento da hiperlipidemia

Inicialmente, o tratamento da hiperlipidemia deve começar com uma mudança radical na dieta do seu animal. Ela deve conter menos que 10 por cento de gordura. Se assim mesmo não surtir diminuição de peso e outra formas perceptíveis de análise de gordura não for eficaz, tratamentos médicos com drogas específicas e outras alternativas poderão ser prescritos a critério do seu médico veterinário.

Gostou do post? Observe sempre seu pet, cuide da alimentação dele e se perceber algum sintoma, não hesite em consultar um Endocrinologista veterinário em SP!

Consulte um médico veterinário para receber orientação.

Observação: as informações exibidas descrevem o que geralmente acontece com uma condição clínica, mas não se aplicam a todos os pets. Essas informações não são uma consulta médica veterinária. Portanto, entre em contato com um veterinário se seu pet apresentar um problema médico. Se você acredita ter uma emergência médica, ligue para seu veterinário.

IMPORTANTE: As informações contidas neste site têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamento do médico veterinário e especialistas. Não deixe de consultar seu veterinário.

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