hipotireoidismo em animais: O que é, sintomas, tratamento e diagnóstico

hipotireoidismo em animais: O que é, sintomas, tratamento e diagnóstico

Seu amigo de quatro patas não está mais “fazendo festa” quando você chega em casa? Está mais apático, mais gordinho e sem vontade de passear? Esses sinais podem indicar hipotireoidismo, uma das principais doenças de cães e gatos e que pedem a avaliação de um veterinário. Não demore para levar seu cão ao médico. Explique para o especialista, de preferência ligado à área de endocrinologia e metabologia veterinária, os sintomas que o animalzinho vem apresentando. Assim, o veterinário poderá diagnosticar, por meio de exames, as causas prováveis e prescrever o tratamento correto. O hipotireoidismo é mais comum em cães de raça pura de meia idade (entre 5 e 10 anos de vida). Nos gatos a doença é muito rara.

As raças caninas mais comuns predispostas a desenvolver a doença são: Golden Retriever, Doberman, Pinscher, Setter, Irlandês, Schnauzer Miniatura, Dogue Alemão, Boxer, Poodle, Dachshund, Cocker Spaniel, Rottweiller, Beagle, Labrador e Airedale Terrier.

O que é hipotireoidismo canino e quais são as causas que desencadeiam a doença?

O hipotireoidismo é uma disfunção da tireóide, glândula que fica no pescoço, responsável pela produção dos seus hormônios, necessários para o desenvolvimento saudável do animal. A patologia se dá quando a glândula da tireóide deixa de produzir a quantidade certa de hormônios, desencadeando assim vários efeitos no organismo do animal. A doença pode se apresentar de três formas diferentes: primária, secundária ou terciária.

· Hipotireoidismo primário:

É o mais comum. A produção de anticorpos destrói o tecido glandular, fazendo com que os hormônios da tireóide deixem de ser produzidos. Esse tipo de anomalia pode levar à atrofia folicular idiopática ou tireoidite linfocítica ou atrofia da glândula tireóide.

· Hipotireoidismo secundário:

É o mais raro em cães. Apresenta deficiência da produção do hormônio estimulador da tireóide TSH, responsável pela sintetização dos hormônios T3 e T4.

· Hipotireoidismo congênito:

Também é bastante raro nos animais e de difícil diagnóstico. O bichinho apresenta deficiência na produção de iodo, dificultando a síntese dos hormônios da tireóide.

Segundo especialistas, algumas raças citadas acima possuem uma predisposição genética para desenvolver o hipotireoidismo, principalmente os animais castrados quando comparados com os não castrados.

Na maioria dos casos, a doença, para a qual não existe prevenção, apresenta-se autoimune, causando a destruição da glândula tireóide. Com a atrofia da glândula somada à falta de iodo (devido a uma dieta ou malformação congênita), aumenta a possibilidade dos pets desenvolverem a enfermidade. O mal funcionamento da tireóide pode causar o aumento da taxa de triglicérides e de colesterol.

Quais são os sintomas que podem indicar o hipotireoidismo em cachorros?

Observe se o seu animalzinho apresenta os seguintes sintomas:

  • Obesidade;
  • Alopecia, que é a perda da pelagem do corpo;
  • Pelagem ressecada;
  • Problemas de pele, como hiperpigmentação, hiperqueratose, seborreia, foliculite, piodermite e furunculose recidivantes;
  • Letargia: o cãozinho pode ficar, a maior parte do tempo, desanimado e acabrunhado;
  • Sonolência: o cão costuma dormir muito;
  • Termofilia: o cão procura fontes de calor constantemente;
  • Bradicardia: diminuição da frequência cardíaca;
  • Intolerância ao exercício;
  • Tireóide similar a do homem, em formato gravata-borboleta, mas com as pontas bem arredondadas. Localiza-se à frente da traqueia, dividindo-se em duas partes, uma do lado direito e outra do esquerdo;
  • Fácies trágicas ou mixedema: acúmulo de ácido hialurônico na pele, ocorrendo prurido, perda de elasticidade, além de feridas de difícil cicatrização;
  • Coma.

Saiba mais sobre o diagnóstico do hipotireoidismo

Para diagnosticar os sintomas de seu pet, leve-o a um veterinário, se possível endocrinologista especializado nas principais doenças de cães e gatos.

O diagnóstico do hipotireoidismo não é tão simples. Isto porque os hormônios circulam em pequenas quantidades e sua dosagem é dificultada no exame de sangue canino. No entanto, não se deve contar os hormônios tireoidianos enquanto o animal apresentar qualquer outra afecção concorrente ou que já esteja usando medicamento para outro problema. Nos dois casos também podem ser apresentados baixos níveis dos hormônios tireoidianos.

Para que o diagnóstico seja mais efetivo, o veterinário deve se basear primeiramente no histórico do animal e depois solicitar os seguintes exames:

  • Físico;
  • Biópsias;
  • Radiografias;
  • Ultrassom;
  • Análises laboratoriais (como hemograma, bioquímicas e urinálise);
  • Testes para medição da concentração da tiroxina sérica total (tT4), de tiroxina livre (fT4) pelo método de diálise de equilíbrio.

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Se esses últimos dois testes apontarem concentração baixa de tF4 e fT4, o tratamento deverá ser iniciado. Mas, se ocorrer o contrário, o próximo passo será realizar testes de diagnóstico adicionais, para medir a concentração de TSH canina (cTSH). Se a concentração for baixa, o tratamento poderá ser feito. Com a concentração normal de fT4 e a sérica de cTSH alta, o tratamento não deverá ser iniciado e os testes vão precisar ser repetidos em 8 a 12 semanas.

Tratamento do hipotiroidismo em cães é simples

O tratamento do hipotiroidismo é simples e consiste em reposição hormonal e acompanhamento do veterinário. Ele deverá começar após a avaliação inicial do animal sugerir a doença e se o resultado dos testes de função estiver alterados. No entanto, é um processo tranquilo de ser seguido com reposição hormonal à base de levotiroxina, criada sinteticamente em laboratório e que conta com enorme variedade de nomes comerciais no mercado.

O remédio deve ser administrado por via oral e para o resto da vida do cachorro. Além disso, é indispensável o acompanhamento constante do médico veterinário. É necessário que o profissional peça periodicamente a repetição dos exames de sangue para medir os níveis dos hormônios do bicho, principalmente o T4. Dependendo do resultado, o especialista poderá alterar a dosagem do medicamento.

Após iniciado o tratamento, o cãozinho já dará sinais de melhora entre 4 e 6 semanas e, em breve, tudo voltará ao normal, dos aspectos físicos ao seu temperamento. A festa voltará a ser feita quando você chegar em casa. O amiguinho ficará feliz quando chamá-lo para passear. Ele vai voltar a ficar esperto e continuará enchendo seus dias de alegria.

Hoje você aprendeu como se dá e como tratar o hipotiroidismo nos animais, principalmente nos cães. É um tipo de doença que não imaginamos que possa afetar nossas “bolinhas de pelo”.

A observar sinais semelhantes descritos no texto, procure um médico veterinário para avaliar seu animal de estimação! 

Consulte um médico veterinário para receber orientação.

Observação: as informações exibidas descrevem o que geralmente acontece com uma condição clínica, mas não se aplicam a todos os pets. Essas informações não são uma consulta médica veterinária. Portanto, entre em contato com um veterinário se seu pet apresentar um problema médico. Se você acredita ter uma emergência médica, ligue para seu veterinário.

IMPORTANTE: As informações contidas neste site têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamento do médico veterinário e especialistas. Não deixe de consultar seu veterinário.

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