Diariamente, ortopedistas veterinários lidam com um problema recorrente: a luxação de patela em cães e gatos. Este problema é bastante comum na vida de pequenos cães e gatos podendo prejudicar muito a mobilidade e a saúde deles.
A patela é um osso do joelho que tem correto alinhamento com o músculo quadríceps. Porém, quando há a luxação desta porção, um desencaixe das articulações da região do joelho ocorrerá, causando, por muitas vezes, dor e grande perda no nível de mobilidade do pet.
A maioria dos casos tem o tratamento cirúrgico como solução. Agregada a isso, sessões de fisioterapia para o membro afetado são indicadas para que haja uma rápida recuperação do animal.
Luxação de patela em cães e gatos: o que é?
A luxação patelar é uma doença de ordem ortopédica e progressiva que pode acometer cães e gatos causada pela movimentação anormal da patela. A luxação pode ter origem congênita ou traumática (por atropelamento, queda, fratura).
A patela (antigamente denominada rótula) é um pequeno osso que está localizado no centro do joelho e desliza para dentro de um sulco no fêmur denominado sulco troclear. A chamada luxação da patela ocorre pela perda de intimidade articular da patela junto ao fêmur e tíbia. Como você pode ver na imagem abaixo.
A luxação de patela em cães e gatos pode ser medial ou lateral sendo que as mediais são mais comuns em raças do tipo “Micro, Toy e Pequeno Porte” como a raça Spitz Alemão. Já as luxações laterais ocorrem em raças de médio e grande porte, e são bem menos frequentes.
A luxação pode ocorrer por trauma ou mais comum por deformidades ósseas na tíbia ou no fêmur. Essas deformidades podem levar a quatro graus de luxação de patela, que varia do grau menos grave (grau 1) até o mais grave (grau 4). A indicação é que a partir do grau 2, há a indicação de cirurgia de patela (joelho) para correção do problema.
Sintomas mais comuns da luxação de patela em cães e gatos
Os sintomas da luxação de patela em cães e gatos são progressivos e tendem a variar dependendo do grau de luxação que acomete o pet.
Geralmente no primeiro grau, os animais mancam quando a rótula sai do seu lugar. Porém, a cada três ou quatro passos dão um “pequeno chute para trás” que irá corrigir o desconforto, “colocando a patela no lugar”. A dor não é tão presente.
Na luxação de segundo grau a rótula desloca-se com mais frequência. Seus sintomas são uma ligeira rotação externa da pata ao caminhar. O Pet manca, podendo originar incapacitação. Já no grau III, o animal manca de forma moderada, apresentando dor moderada e mais persistente.
Por fim, na luxação de quarto grau o cão ou gato mancam a todo tempo devido à considerável rotação da pata, isso causa muita dor impedindo o animal de realizar determinados esforços, como subir escadas ou pular no sofá.
Vale lembrar que todo cachorro mancando da pata traseira deve ser encaminhado ao veterinário, objetivando diagnosticar o motivo da claudicação.
Diagnóstico da luxação de patela
O diagnóstico adequado será feito pela manipulação física do médico veterinário ortopedista que ao avaliar o animal sentirá a patela sair do lugar, indicando a luxação patelar. Também pode ser solicitada uma radiografia do joelho. Porém, o exame de Raio-X mostrará a patela fora do lugar apenas nas luxações mais graves (grau 3 e 4). Nos outros graus a patela tende a ficar posicionada corretamente durante o exame.
Tratamento de animais com luxação de patela
A escolha do tratamento caberá sempre ao médico veterinário. Ele irá ponderar a avaliação física, o exame de raio-x e o histórico do paciente , ou seja, animal que manca muito, com presença de dor e dificuldade em abaixar para defecar, urinar ou para saltar.
Em animais com luxações de patela grau 1 (e em alguns casos, grau 2), além de animais idosos assintomáticos, o tratamento com analgésicos é o mais indicado. Já em animais jovens e adultos a cirurgia de luxação de patela em cães cirurgia luxação de patela cães preço é indicada a partir do grau 2 quando há a presença de sintomas e dor evidentes. O repouso também é indicado para todos os graus.
Porém, as maiores complicações podem acontecer no pós-operatório, devido a dificuldade de repouso para animais tão ativos, que varia entre 20 a 30 dias.
Uso da fisioterapia para auxiliar no tratamento
Para animais acometidos pela doença, a fisioterapia para luxação de patela em cães luxação patelar fisioterapia e gatos é bastante indicada. Sessões de fisioterapia ajudarão a diminuir a progressão da luxação, adiando (ou até mesmo evitando) o procedimento cirúrgico.
Porém, como já dito, em graus mais avançados, o indicado é a realização da cirurgia com encaminhamento do paciente para fisioterapia pós-operatória. Muitos profissionais preferem fazer algumas sessões de fisioterapia pré-operatória Quando a fisioterapia é indicada? , preparando o animal para a cirurgia e ajudando com que a recuperação dele seja mais rápida.
A fisioterapia pode ser iniciada logo nas primeiras horas do pós-operatório, e continuada até o animal ter recuperação total, ou o mais próximo do normal possível, livrando o animal da dor.
Após isso, a tendência é que o animal tenha uma vida normal e livre de dor ou manqueira, sendo necessário somente as visitas de rotina à clínica veterinária.
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